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Gastrite crônica e H. pylori

Gastrite é um termo geral para um grupo de condições que envolve inflamação do tecido que reveste o estômago. A inflamação da gastrite é mais frequentemente o resultado da infecção com a mesma bactéria que causa a maioria das úlceras estomacais: Helicobacter pylori. O uso regular de antiinflamatórios e o consumo excessivo de álcool também podem contribuir para a gastrite. A gastrite pode ocorrer subitamente (gastrite aguda) ou aparecer lentamente ao longo do tempo (gastrite crônica). Em alguns casos, a gastrite pode levar a úlceras e aumento do risco de câncer de estômago. Para a maioria das pessoas, no entanto, a gastrite não é grave e melhora rapidamente com o tratamento.

Os sinais e sintomas da gastrite incluem: Azia ou queimação, dor na parte de cima do abdome, que pode se tornar pior ou melhor após comer, náuseas ou vômito, sensação de ficar cheio após se alimentar. Nem sempre o paciente com gastrite apresentará sintomas.

H. pylori

Helicobacter pylori se trata de uma bactéria que infecta o estômago de algumas pessoas. A infecção normalmente ocorre na infância. Uma causa comum de úlcera péptica, a infecção por H. pylori pode estar presente em mais da metade das pessoas no mundo. A maioria das pessoas não percebe que tem infecção por H. pylori, porque nunca fica doente. Se você desenvolver sinais e sintomas de úlcera péptica, testes de rastreio de infecção por H. pylori deverão ser realizados. 

Os fatores de risco associados à infecção do H. pylori estão relacionados às condições de vida e higiente às quais o indivíduo é exposto durante a infância:

  • Viver em uma casa com várias pessoas.

  • Indisponibilidade de água potável. 

  • Viver em países em desenvolvimento, em que condições inadequadas de higiene e saneamento básico são mais comuns.

  • Viver com alguém que tem H. pylori. 

Através de alguns exames pode ser detectada a infecção pelo H. pylori. A análise de uma amostra de sangue pode revelar evidências de uma infecção ativa ou antiga por H. pylori. No entanto, os testes respiratório e de fezes são melhores para detectar infecções ativas por H. pylori do que o exame de sangue.

No teste respiratório, você engole uma pílula, líquido ou pudim que contém moléculas de carbono marcadas. Se você tem uma infecção por H. pylori, o carbono é liberado quando a solução é quebrada em seu estômago. Seu corpo absorve o carbono e o expele quando você expira. Você expira em uma bolsa e seu médico usa um dispositivo especial para detectar as moléculas de carbono. Drogas supressoras de ácido conhecidas como inibidores da bomba de prótons (IBP - omeprazol, pantoprazol, lansoprazol, etc) e antibióticos podem interferir na precisão deste teste.

Um teste de laboratório chamado teste de antígeno fecal procura proteínas estranhas (antígenos) associadas à infecção por H. pylori nas fezes. Tal como acontece com o teste de respiração, os IBPs podem afetar os resultados deste teste.

Na endoscopia digestiva alta, além de ser possível detectar alterações do estômago, como úlceras, podem ser obtidas pequenas amostras do tecido gástrico, que serão analisadas para infecção por H. pylori.

 

 

 

O tratamento consiste em uma combinação de antibióticos e inibidor de bomba de próton, visando a eliminação da bactéria. Após o tratamento, novo teste, por algum dos métodos acima citados, deverá ser realizado para verificar a eliminação da bactéria. É importante que se espere ao menos 4 semanas após o término do tratamento para realizar algum desses exames.

Para mais informações, agende sua consulta com a Dra. Amanda Recuero.

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